segunda-feira, 28 de abril de 2014

Mãe morre ao interromper quimioterapia para dar à luz

Mãe morre após interromper quimioterapia para salvar bebê
Sonho de Patrícia era se casar, o que aconteceu depois que
soube da gravidez (Foto: Su Casuscelli)
Uma mãe de Araraquara (SP) morreu após interromper o tratamento de quimioterapia para dar à luz o filho. Patrícia Alves Cabrera, de 27 anos, lutava contra um câncer de mama desde 2012. O filho Arthur nasceu prematuramente, com seis meses, e agora segue internado na UTI. Como o bebê não tem plano de saúde, familiares e amigos lançaram uma campanha no Facebook para arrecadar doações para manter Arthur em tratamento no hospital. As informações são do site Sim News.

A morte de Patrícia aconteceu 36 dias depois de se casar com o garçom Felipe Cabrera Padovani. A gravidez veio após três meses de namoro, o que pegou Patrícia de surpresa, já que o tratamento contra a doença não permitia sua ovulação. Os médicos alertaram que, para levar a gravidez adiante, o tratamento deveria ser interrompido, deixando a mãe vulnerável para possíveis manifestações do câncer.
Ao sentir dores fortes, Patrícia foi internada no Hospital São Paulo, no dia 11 de abril. O câncer se manifestou de maneira agressiva e já havia comprometido outros órgãos. Dessa maneira, os médicos tiveram de realizar uma cesárea de emergência. Logo ao nascer, Arthur foi entubado e internado na UTI, onde deve permanecer de dois a quatro meses. A mãe conseguiu ver o filho apenas uma vez, porque foi transferida às pressas para o Hospital do Câncer de Barretos para retomar a quimioterapia. Patrícia veio a falecer no dia 21 de abril.
Abalado com o falecimento da mulher, Felipe se viu tendo de arcar com os custos do hospital. O pai tentou fazer um plano de saúde para o filho, mas o período de carência exigido pelas empresas impossibilitou o contrato. Familiares e amigos resolveram criar a comunidade “Amigos da Patrícia, Felipe e Arthur”, no Facebook, que já tem mais de 5 mil curtidas, para arrecadar doações para manter o bebê em tratamento.
Página no Facebook  https://www.facebook.com/pages/Amigos-Da-Patricia-Felipe-E-Arthur/232611480263518?fref=ts
Do Jornal do Brasil

Acredite! Chef prepara comida no asfalto para mostrar que aquecimento global é coisa séria

É comum ouvirmos em dias de calor a seguinte frase: “Está tão quente que daria pra fritar um ovo no asfalto” e o chef paraguaio Rodolfo Angenscheidt, em um alerta para o mundo, prova que isso realmente é possível e o quanto isso é preocupante!
A ação veiculada no Paraguai, faz parte de uma campanha de conscientização da WWF em parceria com a agência Oniria/TBWA  que aproveitou o período mais quente no país para alertar sobre uma estimativa que diz que 80% das matas nativas do país foram derrubadas e qualquer um sabe muito bem que o desflorestamento é uma das principais causas do aquecimento global.


Do Tudo Interessante

Prefeitura do Natal manda retirar imediatamente decoração da Copa do Mundo

Decoração alusiva à Copa do Mundo
Não durou nem um final de semana inteiro a decoração alusiva à Copa do Mundo que estava “enfeitando” a cidade de Natal.
Após uma intensa campanha nas redes sociais desde que a decoração passou a ser vista, a Prefeitura de Natal não teve outra alternativa que não fosse a de mandar retirar imediatamente a “obra de arte”. Caminhões com funcionários foram flagrados na noite deste domingo (27) trabalhando na retirada da decoração.
Do Blog A Fonte

Painel da copa em formato bizarro desagrada natalenses e vira piada nas redes sociais

O painel de gosto duvidoso superou os enfeites estilo São João que deixaram a nossa cidade com cara de quermesse. O secretário da SEMSUR, Raniere Barbosa, chegou a postar em seu perfil no facebook a foto do trabalho ”pré-escolar”, achando um grande feito de sua gestão, mas os comentários nada amistosos fez com que o gestor deletasse a postagem da sua linha do tempo.
Pelas redes sociais o descontentamento é grande e as perguntas mais feitas por elas são; quem aprovou algo de tamanho mau gosto? E quanto custou algo tão feio ?
Fonte: Via Certa Natal via Blog A Fonte

Empresa de imagem aérea fotografa Unidade de Conservação em Caicó

 
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente em parceria com a empresa NL Imagem Aérea fez um levantamento aéreo do Açude Recreio na cidade de Caicó. O local fotografado foi escolhido para criação de uma Unidade de Conservação para refúgio de vida silvestre. O objetivo do estudo é avaliar a cobertura vegetal e as áreas degradadas.
“Com essas imagens, podemos traçar planos de mitigação dos problemas identificados, assim como mostrar à população toda a beleza natural do segundo açude mais velho do Brasil, que faz parte do patrimônio da cidade de Caicó, disse Emmanuel Sabino, Secretário Adjunto de Meio Ambiente do Município.

Fonte: Blog A Fonte

sábado, 26 de abril de 2014

Neto larga faculdade e emprego para cuidar de avó com Alzheimer no RS

Fernando, 22 anos, e a avó Nilva (Foto: Fernando Aguzzoli/Arquivo pessoal)
Fernando, 22 anos, posa ao lado da avó Nilva (Foto: Fernando Aguzzoli/Arquivo pessoal)

“Passei de neto a pai da minha avó.” A frase é do porto-alegrense Fernando Aguzzoli, 22 anos, que acompanhou de perto os últimos meses de vida de Nilva de Lourdes Aguzzolli, diagnosticada com mal de Alzheimer há seis anos.
O estudante de filosofia UFRGS trancou a faculdade no início do ano passado, largou emprego e as festas com os amigos para se dedicar em tempo quase integral aos cuidados da matriarca da família Aguzzoli ao lado da mãe, Rose Marie, 55 anos. Vovó Nilva, como ficou conhecida, morreu em dezembro de 2013.
O mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa ainda sem cura, mas a chance de controlá-la é maior se ela é detectada precocemente. Ocorre na terceira idade e seu sintoma mais comum é a perda da memória, mas compromete ainda o comportamento e pensamento do paciente.
“Escrevi o livro ao lado dela. Transcrevia tudo o que ela me dizia. Foi fantástico. Mas não queria que fosse um livro só biográfico. Além dos diálogos, coloquei opiniões de profissionais. Mas não de uma forma muito técnica. É para um leigo entender mesmo como é essa doença”, explica ao G1.As experiências vividas, ora inusitadas, ora dramáticas e as lições aprendidas durante o período, o inspiraram a criar uma página em uma rede social. O sucesso dos relatos daquela rotina um tanto incomum e os diálogos compartilhados com a avó foi tão grande que gerou um livro. “Quem, Eu?” deve ser publicado em setembro deste ano.
A inversão nos papéis de avó e neto foi uma tentativa de não sucumbir à tristeza, inevitavelmente provocada pela doença. “É realmente uma doença familiar. Deixei de ir a festas com meus amigos para limpar dentadura, por exemplo. A gente criou uma relação de melhores amigos”, comenta sobre o relacionamento que passou a ter com a mulher que cuidou dele durante a infância.
Fernando quando era bebê no colo da avó Nilva (Foto: Fernando Aguzzoli/Arquivo pessoal)Fernando quando era bebê no colo da avó Nilva
(Foto: Fernando Aguzzoli/Arquivo pessoal)
Do desespero ao cuidado
Tudo começou quando a família percebeu os frequentes enjoos de Dona Nilva, que morava sozinha em um apartamento em Porto Alegre. Após uma série de exames com diferentes médicos, saiu o diagnóstico. “A gente percebeu que ela ficava muito enjoada depois do almoço. Depois a gente viu que ela estava tomando os comprimidos para pressão alta de forma errada. Às vezes tomava mais de uma vez, outras vezes esquecia”, relata o neto.

Aos poucos, a enfermidade foi comprometendo o cérebro de Dona Nilva. Deprimido, o neto achou que hora de agir. “Foi desesperador quando vi que minha avó ia ficar acabada, ia ter que usar fralda, não ia conseguir engolir comida. Eu não tinha como curar a minha avó. Mas decidi dedicar todo o meu tempo a ela”, avalia.
Com o passar dos meses, a rotina da família Aguzzoli foi totalmente transformada. “Eu e minha mãe começamos a aplicar mudanças leves no cotidiano da minha avó. Alugamos um apartamento para ela na mesma rua que a nossa, depois no mesmo prédio. Até ela vir para dentro de casa”, afirma.
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Fernando largou a faculdade e o emprego para cuidar da avó (Foto: Fernando Aguzzoli/Arquivo pessoal)Fernando largou faculdade e emprego para cuidar
da avó (Foto: Fernando Aguzzoli/Arquivo pessoal)
Com bom humor e palavras de carinho, Fernando criou a página Vovó Nilva no Facebook. Ali, reproduziu momentos comuns na rotina de quem sofre de Alzheimer: seja o paciente, sejam os familiares. O espaço foi crescendo e hoje já tem mais de 11 mil seguidores.
“Meu intuito era criar um espaço diferente para falar do Alzheimer. Normalmente quando se fala da doença é de forma negativa e muito técnica, específica. Queria fazer um contraponto a esse conteúdo. E encontrei pessoas de várias partes do Brasil e do mundo que quiseram compartilhar também suas histórias”, revela.
Em dezembro de 2013, Dona Nilva não resistiu a uma infecção urinária, pouco antes de completar 80 anos de idade. “Eu não sou um herói, não sou um guri iluminado. Eu apenas tomei uma decisão e fiz o que tive que fazer. Todo jovem pode se relacionar com seus avós. Não é porque ela era velha ou porque tinha um obstáculo no caminho. Aprendi muito com ela”, analisa o jovem.
Dona Nilva foi internada alguns dias antes do Natal de 2013 (Foto: Fernando Aguzzoli/Arquivo pessoal)
Dona Nilva foi internada alguns dias antes do Natal de 2013 (Foto: Fernando Aguzzoli/Arquivo pessoal)

No elevador:Abaixo, algumas publicações da página Vovó Nilva
Eu: O que está fazendo, vó?
Vó: To abanando...
Eu: Eu sei, mas para quem?
Vó: Para a senhora ali!
Eu: Mas estamos sozinhos aqui!
Vó: Claro que não, ali do outro lado tem uma senhora me abanando de volta, olha.
Eu: Ah sim, agora vi, aquela senhora abanando ao lado de um bonito rapaz?
Vó: Não, aquela ali de preto!
Eu: É A ÚNICA!! Mas não é um bonito rapaz ao lado?
Vó: É, nem tinha visto! Abana para ela!
Eu: É O TEU REFLEXO NO ESPELHO, VÓ!
Vó: Quem, eu? Olha ali, ela é bem mais velha!
Eu: Claro, deve ter uns 80 anos né?
Vó: Sim, tadinha!
Eu: Tadinha mesmo, tadinha. Sorri e abana vó, abana! Tchau moça!!
Em casa:
Eu: Vó, tira a dentadura pra dormir um pouquinho e põe na água.
Vó: Tá. Pronto.
(2 minutos depois)
Vó: Vou tirar minha dentadura (sabe quando velhinho fala sem dentadura e fica coisa mais querida? Pois é).
Eu: Mas tu já tirou, tá na caneca.
Vó: Claro que não amorzinho, tô com ela.
Eu: Tu só pode tá brincando, né? Olha o jeito que tu tá falando, acha que tá com dentadura?
Vó: Eu tô! Olha! (sorriu)
Eu: HAHAHAHAHA NÃO TEM NADA AÍ!
Vó: Ai meu Deus, claro que tem!
Eu: Me faz um favor, coloca o dedo nos dentes de cima então.
Vó: Tá. UÉÉÉÉ, CADÊ MINHA DENTADURA?
Eu: Como eu havia dito, na caneca.
Vó: Ah, tá então.
Do G1 RS

Criança com doença rara volta para casa após 10 anos em hospital do PI

Equipe do hospital se despede de Rayssa, em Teresina (Foto: Amanda Neco/Med Imagem)
Equipe do hospital se despede de Rayssa, em Teresina (Foto: Amanda Neco/Med Imagem)
A história de uma criança em Teresina chamou atenção dos médicos que a tratam como um verdadeiro exemplo de sobrevivência e garra. Rayssa Ludmila Rêgo, de 11 anos, por 10 anos morou e recebeu tratamento em um hospital particular de Teresina, e depois de todos esses anos pôde, enfim, realizar o sonho de voltar para casa.

Segundo o médico pediatra Carlos Flávio, que a acompanhou por mais de oito anos o caso de Rayssa, ela tem uma doença crônica rara, conhecida como Síndrome Werding-Hoffman. Essa é uma enfermidade neuromuscular hereditária caracterizada pela atrofia e fraqueza muscular progressiva, com perda gradual de funções essenciais e que evolui com elevada e precoce mortalidade.

 Maria de Lurdes, avó de Rayssa (Foto: Gil Oliveira/G1)Maria de Lurdes, avó de Rayssa (Foto: Gil Oliveira/
G1)
Foi essa patologia grave que fez com que a menina passasse 10 anos vivendo em quarto de hospital, mas se engana quem pensa que foi fácil conseguir ter o direito de assistência médica para Rayssa. A avó Maria de Lurdes conta que foram cinco anos de espera para conseguir na Justiça o direito do Plano de Saúde prestar assistência médica dela em casa. “Já estávamos sem esperança de conseguir levá-la para casa, tanto que a decisão nos pegou de surpresa. Graças a Deus, muitas pessoas nos ajudaram com doações e conseguimos montar esse cantinho para ela”, disse a dona de casa Maria de Lurdes, avó de Rayssa.
Diagnóstico e internação
A avó explica que a neta nasceu normalmente e apenas aos quatro meses de idade apresentou alguns sinais que chamaram a atenção da família. “Ela começou a perder os movimentos, não conseguia segurar mais o pescoço, foi quando nos encaminharam para uma neuropediatra e por não descobrirem qual era a doença aqui no Piauí, fomos para o estado de São Paulo. Lá ela passou quatro meses e foi descoberta a doença. Aos oito meses voltou para Teresina”, conta a avó.

Nessa época Rayssa contraiu uma pneumonia e deu entrada em um hospital particular de Teresina e desde então não saiu mais. “Ela tem um atraso no desenvolvimento neuromotor e não estava evoluindo neurologicamente como o esperado e ainda teve um agravamento do seu quadro com a insuficiência respiratória, tendo que ser entubada”, revela o médico Carlos Flávio.
Momentos de Rayssa deixando o hospital, em Teresina (Foto: Amanda Neco/Med Imagem)
Momentos de Rayssa deixando o hospital, em Teresina (Foto: Amanda Neco/Med Imagem)
O pediatra explica ainda que a enfermidade de Rayssa afeta o terceiro neurônio motor, mas ela tem a consciência e inteligência de uma criança comum, é capaz de dialogar, entender e aprender a ler, só não conseguiria escrever porque não tem motricidade para isso. “Quando a conheci, essa paralisia era até o nível do queixo, ela abria a boca, dava língua, mas com o tempo essa paralisia foi ascendendo e hoje chegou ao nível da sobrancelha, mas aparentemente não teve mais evolução”, explicou Carlos Flávio.
De acordo com o médico, Rayssa chegou a passar quatro anos em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital e passou por vários tipos de problemas. Carlos considera Rayssa a sua paciente mais guerreira e um exemplo de vida. “Ela já teve choque epilético, insuficiência renal, episódios gravíssimos de parada cardíaca e sobreviveu a tudo isso. Houve ocasiões em que achávamos que ela não tinha resistido, tinha morte eminente, mas voltava a respirar como um milagre”, conta Carlos Flávio.
Pediatra Carlos Flávio cuidou Rayssa por oito anos, em Teresina (Foto: Gilcilene Araújo/G1)Pediatra Carlos Flávio cuidou Rayssa por oito anos
(Foto: Gil Oliveira/G1)
Apesar de depender dos aparelhos de respiração para se manter viva, nos 10 anos que passou no hospital, Rayssa pôde por diversas vezes passear. “Ela todos os anos ia visitar o Papai Noel no Shopping, também chegou a ir para o aniversário da irmã, de nove anos, e também visitou esta sua casa nova, antes de sair do hospital. Tudo graças ao trabalho da excelente equipe do hospital”, destaca a avó Maria de Lurdes.
Carlos Flávio acredita que a Rayssa seja a criança mais velha do país portadora dessa doença. “Infelizmente a média de idade das crianças que tem essa enfermidade é de quatro a cinco anos, mas a Rayssa tá(sic) aí com 11 anos, contrariando todas as pesquisas na área”, destacou o profissional afirmando ainda que voltar para casa foi a maior conquista da jovem.
Flávio destaca também que a jovem consegue falar e se comunicar graças a um esforço próprio. “Ela realiza movimentos infratônicos do diafragma, que fazem com que ela consiga se comunicar, também treina muito, todo mundo conversa muito com ela e por isso parece um papagaio, mesmo com dificuldades na fala”, descreve.
Rayssa comemorando o aniversário no hospital e em momentos de entretenimento, em Teresina (Foto: Amanda Neco/Med Imagem)
Rayssa comemorando o aniversário e em momentos de entretenimento (Foto: Arquivo Pessoal

Sobre sou novo cantinho, Rayssa descreve que está muito feliz e contente por esta perto de sua família. “Gostei das cores do quarto, da galinha pintadinha que ganhei e também da companhia da minha irmã mais nova que não sai do meu quarto”, disse.


Saída do hospital
Após 10 anos vivendo em quarto de hospital, Raysa deixou seu quarto no dia 27 de março de 2014. Como a casa dos pais era menor, um quarto novo, com móveis e aparelhos doados por empresários da cidade, foi construído na casa dos avós maternos, na Zona Sul de Teresina.
Perto de completar um mês em casa, a criança não teve nenhuma complicação e para os médicos a presença da família e o carinho em casa são fórmulas que não existem em nenhum remédio ou hospital. “Ela tem esse direito de conviver com sua família por conta dessa doença que lhe rouba anos de vida. Se tomado os devidos cuidados ela não deverá ter problema algum, o quadro é estável e companhia da família só vai lhe trazer mais alegria”, afirma Carlos Flávio.

A saída do hospital e a sua chegada em casa foram sob forte comoção dos profissionais de saúde que cuidaram de Rayssa durante anos e também por familiares e amigos que puderam tê-la de volta em casa.

“Sinto saudades de todos, principalmente das enfermeiras e amigas Adriely, Leidiane, Teresinha, Desterro, Tânia e toda equipe que cuidava de mim, mas elas também já vieram me visitar em casa”, conta Rayssa.
Do G1 PI

quinta-feira, 24 de abril de 2014

15 Cachorros enchendo o saco do gato da casa

Geralmente vemos gatos bagunçando com os cachorros, mas esses cachorros aqui não gostam nem um pouco do gato de casa e fazem questão de mostrar isso. Sentam em cima, mordem, empurram, fazem de tudo pra não deixar o gato em paz!

1 - Obrigado pelo tapete, humano

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2 – Perfeito pra descansar o traseiro

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3 – Cara, como eu amo esse sofá

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4 – Mas eu não tava fazendo nada!

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5 – Gato? Que gato?

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6 – Isso é extremamente confortável, você deveria tentar

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7 – Você não para de comer, tá pensando que é quem? O Garfield?

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8 – Ah, que sufocar que nada, eu só tô abraçando ele…

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9 – Mas eu tava só conversando, nada mais!

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10 – Não vai brincar comigo não? Então lá vai!

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11 – Ah, mas ele tá na minha cama…

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12 – Vamos, sai daí, sai daí!

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13 - Foi sem querer. Opa, bateu de novo?

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14 – Saaaaaaaaaaaaaai! Essa – cama – não – é – sua!

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15 – Opa, nem te vi!

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Do  Distractify via Tudo Interessante

Mãe morde e arranca orelha de pit bull para salvar filha de 2 anos que estava sendo atacada

Mãe morde e arranca orelha de pitbull para salvar filha de 2 anos que estava sendo atacada


Animal havia se aproximado por curiosidade, mas avançou após sentir cheiro da garota.


Uma mulher mostrou seu “instinto animal” para salvar sua filha de 2 anos de idade. A criança estava sendo atacada por um cão da raça pit bull. Chelsi Camp mordeu a orelha do cão e a arrancou durante o ataque. O animal havia se aproximado de sua filha, Mackenzi Plass, quando começou o ataque. 

“O cão se aproximou dela e estava apenas curioso”, contou. “Quando ele sentiu seu cheiro, avançou”. 

O animal começou a atacar a menina, e a mulher correu para tentar impedi-lo. Ela deu-lhe um soco na boca, e mesmo durante a briga conseguiu ligar para os serviços de emergência. Um oficial chegou ao local e atirou no pit bull, mas não o matou. Apesar disso, ele foi sacrificado posteriormente. Mãe e filha estão se recuperando dos ataques. “Ela é uma menina muito forte”, contou Camp. “Seu destino era estar viva”, concluiu. Apesar do incidente, a mãe afirmou que adora cães, e isso não vai mudar.

'Nascendo hoje', diz mãe de criança que morou por 3 anos em UTI de Natal

Do G1/ RN
Débora se despediu da equipe do Hospital Varela Santiago nesta quarta em Natal (Foto: Felipe Gibson/G1)
Débora se despediu da equipe do Hospital Varela Santiago nesta quarta em Natal (Foto: Felipe Gibson/G1)
Durante quase toda a vida a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Infantil Varela Santiago, em Natal, foi a casa da pequena Débora, de 3 anos. Diagnosticada com um tipo de distrofia muscular, a menina deixou o lar aos 3 meses e precisa de ventilação mecânica para sobreviver. A dependência do ambiente hospitalar levou a família à Justiça. Depois disso, foi conquistado o direito ao serviço home care – que garante toda a estrutura para o paciente ser atendido em casa. O tratamento será pago pelo Estado do Rio Grande do Norte. "Para mim está nascendo hoje. Achava que ela nunca ia sair daqui", diz a mãe, Maria da Conceição da Silva, que deixa as visitas diárias ao hospital para cuidar da filha em casa.
Apesar de não mover as pernas e precisar de ventilação mecânica, Débora mexe os braços, sorri, faz birra e até interage piscando os olhos. "O que nos surpreende é que Débora tem a cabeça normal de uma criança de três anos. A distrofia não evoluiu e as funções cognitivas não foram afetadas", explica e pediatra intensivista Patrícia Lizandro. Quando chegou ao hospital com nove meses, a criança passou por exames, que foram enviados para São Paulo para análise. Os resultados indicaram que de fato Débora sofre de uma distrofia. O fato de interagir com todos fez da menina um 'xodó' da UTI.
Débora depende de ventilação mecânica para respirar (Foto: Maria da Conceição da Silva/Arquivo Pessoal)
Débora virou 'xodó' da UTI do hospital
(Foto: Conceição da Silva/Arquivo Pessoal)
Foi com choros e sorrisos que aconteceu na noite desta quarta-feira (23) a despedida de Debinha, como ficou conhecida no Hospital Infantil Varela Santiago. Do caminho do leito que ocupava na UTI até a porta da ambulância que a levou para casa, a menina foi cumprimentada por diversos funcionários do hospital. "Todos estão com uma sensação de dever cumprido. O ambiente hospitalar não é adequado. Aqui ela corre risco de infecção, como já aconteceu, e vê outras crianças doentes, morrendo", reforça Patrícia.

Além de recorrer à Justiça, para tirar a filha da UTI, Maria da Conceição precisou comprar um apartamento que comportasse os equipamentos necessários para a ventilação mecânica. A casa em Nova Parnamirim, na Grande Natal, foi trocada por um apartamento no bairro Santa Tereza, também em Parnamirim, onde Débora enfim poderá morar com a mãe e o pai, que trabalha como porteiro. Uma equipe formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeuta e nutricionista acompanhará a menina diariamente.

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Maria da Conceição e Débora foram para casa, em Parnamirim, de ambulância (Foto: Felipe Gibson/G1)
Maria da Conceição e Débora foram para casa de
ambulância (Foto: Felipe Gibson/G1)
Justiça
Pacientes como Débora são chamados de crônicos. Quando as famílias não têm condição financeira de pagar por um serviço como o home care, que custa em média mais de R$ 25 mil mensais, a única saída encontrada tem sido a Justiça. Maria da Conceição só foi informada que poderia levar a filha de volta para casa quando soube do caso de uma mãe que ganhou o direito ao home care judicialmente.

"Falei com essa mãe, procurei um advogado e consegui", explica Conceição, que recebeu a notícia da decisão judicial favorável há dois meses. Desde então foram diversas reuniões entre a empresa que presta o serviço Home Care e o hospital. "A transição foi muito bem orquestrada", conta a pediatra.


Falta de leitos
Mais do que uma conquista para a família, a saída de Débora representa a desocupação de um leito de UTI no hospital. Sem perspectivas de alta, as crianças com patologias crônicas ficam em vagas que poderiam ser destinadas a pacientes agudos, que prejudica a rotatividade nos leitos. "Um número da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) mostra que para cada leito crônico, de 50 a 100 vidas deixam de ser atendidas", afirma Patrícia.

Emoção marcou despedida de Débora da UTI do Hospital Varela Santiago, em Natal (Foto: Felipe Gibson/G1)
Emoção marcou despedida de Débora da UTI
(Foto: Felipe Gibson/G1)
Dos 10 leitos de UTI do Hospital Varela Santiago, dois ainda são ocupados por pacientes crônicos. Uma Unidade de Terapia Intensiva destinada só para crianças com patologias crônicas chegou a ser inaugurada em novembro do ano passado no Hospital Maria Alice Fernandes, na zona Norte de Natal, porém todas as vagas estão ocupadas.

Mesmo se o Estado pagasse o tratamento das crianças em casa, a médica Patrícia explica que existem outros problemas. "Muitas vezes falta interesse das mães e também tem a questão da infraestrutura dos imóveis. Famílias mais carentes não têm estrutura para receber as crianças em casa", reforça. Para a pediatra, a maior angústia profissional é não ter as vagas necessárias para atender os pacientes. "Quando digo não tenho vaga é como assinar um óbito. Crianças morrem por falta de leitos no Rio Grande do Norte", encerra.

Débora nos braços da mãe na saída da UTI, em Natal (Foto: Felipe Gibson/G1)
Débora nos braços da mãe na saída da UTI, em Natal (Foto: Felipe Gibson/G1)

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Veja o que já se sabe e o que é dúvida no caso do menino Bernardo

Corpo de menino desaparecido em Três Passos, RS, será enterrado em Santa Maria, RS (Foto: Reprodução/RBS TV)Bernardo tinha 11 anos (Foto: Reprodução/RBS TV)
O corpo de Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, foi encontrado enterrado em um matagal na noite de segunda-feira (14), em Frederico Westphalen, no Norte do Rio Grande do Sul. Ele estava desaparecido desde 4 de abril. O menino vivia em Três Passos, no Noroeste, com o pai, Leandro, e a madrasta, Graciele. O casal e uma amiga estão presos por suspeita do crime.
Veja abaixo o que já se sabe e o que é dúvida no caso da morte de Bernardo. O caso corre em segredo de Justiça.
Quando Bernardo foi visto pela última vez?
Bernardo foi visto vivo pela última vez no dia 4 de abril por um policial rodoviário. No início da tarde, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. A mulher trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. "O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada", relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, da PRF. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.

Qual é a versão do pai e da madrasta?
O pai de Bernardo, Leandro Boldrini, e a madastra, Graciele, dizem que o menino saiu de casa por volta das 18h do dia 4 de abril para dormir na casa de um colega, a duas quadras de distância da residência dos Boldrini, em Três Passos. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo e lá, foi comunicado da ausência do filho e registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil, relatando o sumiço. O médico chegou a ligar para uma emissora de rádio de Porto Alegre para comunicar o desaparecimento da criança e pedir ajuda.

Com quem Bernardo morava?
Ele vivia com o pai e a madrasta em uma casa em Três Passos. A mãe de Bernardo, Odilaine, morreu em fevereiro de 2010. Segundo a polícia, a mulher cometeu suicídio com um tiro na cabeça no consultório médico do ex-marido, pai do garoto. A avó materna e a madrinha da criança moram em Santa Maria.

Quem está preso?
Leandro Boldrini, pai do garoto, Graciele Ugolini Boldrini, a madrasta, e Edelvania Wirganovicz, amiga do casal, são considerados pela polícia os principais suspeitos do crime. Eles foram presos na noite de segunda-feira (14), depois que o corpo da criança foi encontrado, e estão em local não revelado por medida de segurança. A delegada que investiga o caso, Caroline Virginia Bamberg, diz ter certeza da participação do trio na morte, só restando averiguar o papel de cada um.

Como Bernardo morreu?
A amiga da madrasta disse à polícia que o menino foi morto com uma injeção letal. Entretanto, apenas o resultado da perícia poderá indicar se ele foi morto com alguma substância aplicada na veia. Segundo o atestado de óbito, a morte ocorreu no dia 4 de abril de “forma violenta”. Nesta quarta-feira (16), a delegada afirmou que há possibilidade de o menino ter sido dopado com medicamentos misturados a um suco antes de ser assasssinado.

Como o corpo foi encontrado?
Na noite do dia 14 de abril, o corpo do menino foi encontrado enterrado em uma cova em um matagal na cidade de Frederico Westphalen, no Norte do estado, a 80 km de onde o menino morava. Após a descoberta do cadáver, o pai, a madrasta e uma amiga do casal Edelvania Wirganovicz, foram detidos por suspeita de participação no crime. A amiga mostrou aos policiais onde o corpo da criança estava enterrado.

Como era a relação de Bernardo com o pai?
Relatos de vizinhos e amigos dão conta que o menino se dizia carente de atenção. Ele chegou a procurar a Justiça para relatar o caso. No início do ano, o juiz Fernando Vieira dos Santos, 34 anos, da Vara da Infância e Juventude de Três Passos, autorizou que o garoto continuasse morando com o pai, após o Ministério Público (MP) instaurar uma investigação contra o homem por negligência afetiva e abandono familiar.

De acordo com o MP, desde novembro do ano passado, o pai de Bernardo era investigado. Entretanto, jamais houve indícios de agressões físicas. Em janeiro, o garoto foi ouvido pelo órgão e chegou a pedir para morar com outra família.
No início do ano, o médico pediu uma segunda chance. Com a promessa de que buscaria reatar os laços familiares com o filho, ele convenceu a Justiça a autorizar uma nova experiência. Na época, a avó materna, que mora em Santa Maria, na Região Central do estado, chegou a se disponibilizar para assumir a guarda. Porém, conforme o MP, Bernardo também concordou em continuar na casa do pai e da madrasta.
Do G1

'Ocultou cadáver, mas não matou', diz defesa de presa no Caso Bernardo

Bernardo Uglione Vídeo Youtube (Foto: Reprodução)Depoimento de assistente social foi usado para
prender suspeitos (Foto: Reprodução)
Constituído nesta terça-feira (22) para assumir a defesa da assistente social Edelvania Wirganovicz, o advogado Demetryus Eugenio Grapiglia nega que a cliente tenha assumido participação no assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, como divulgou a Polícia Civil em Três Passos, Noroeste do Rio Grande do Sul. Segundo ele, Edelvania sofreu "pressão psicológica" ao confessar ter auxiliado na ocultação do cadáver, mas desmente a versão apresentada pelas autoridades policiais. Além disso, o defensor questiona a legalidade do depoimento, alegando a ausência de um advogado.
O menino foi encontrado morto no dia 14 deste mês em um matagal de Frederico Westphalen, cidade a cerca de 80 km de Três Passos. Ele estava desaparecido desde o dia 4 de abril. Segundo a Polícia Civil, além Edelvania, são suspeitos do crime o médico Leandro Boldrini, pai do garoto, e a madrasta Graciele.
De acordo com declarações da delegada Caroline Virginia Bamberg, responsável pela investigação no caso, foi Edelvania quem revelou a localização do corpo à polícia. No depoimento, ela afirmou que o menino foi atraído para Frederico Westphalen, no Norte do estado, sob pretexto de ganhar uma televisão. Após dar remédios a Bernardo, a madrasta teria aplicado uma injeção na veia do braço esquerdo do menino e depois jogou soda no corpo, com o objetivo de acelerar a decomposição. Ainda de acordo com o interrogatório, as duas enterraram o menino sem saber se ele estava morto.
Delegada investiga caso da morte do menino Bernardo no RS (Foto: Caetanno Freitas/G1)Delegada garante que, em depoimento, houve
confissão de homicídio (Foto: Caetanno Freitas/G1)
O advogado de Edelvania, porém, alega que, em conversa com a cliente nesta terça, na casa prisional onde ela está detida, ouviu uma versão distinta. “As coisas que ela me relata são diferentes. Mostrei a ela o conteúdo do depoimento e ela diz que não confirma tudo aquilo. É uma versão matemática usada pela polícia que ela jamais teria dito. Não quero entrar no mérito, não coloco em dúvida a autoridade policial. Mas ela só assume a ocultação do cadáver, ela não matou”, disse Grapiglia ao G1.
Segundo o defensor da suspeita, a cliente ficou "revoltada" ao saber o conteúdo do depoimento divulgado pela polícia. "Ela está revoltada com o fato de as pessoas a transformarem em um monstro. Ela foi enrolada e pressionada a participar da ocultação. É natural que reaja assim", afirmou.
O advogado ainda negou que dinheiro tenha sido oferecido a ela pela madrasta do garoto, como diz a polícia, mas não quis apontar os motivos para a participação dela na ocultação. "Tudo isso será informado ao juiz, ela vai se reservar a esse direito. Muito embora ela confirme, não estou autorizado a dar detalhes sobre como isso ocorreu. Não há dinheiro, pois a Edelvania estava saudável financeiramente. A defesa dela está sendo paga com recursos próprios. E ela não estava desesperada por dinheiro, como prega a polícia", assegurou Grapiglia.
Questionado se a assistente social teria repassado a informação à polícia de que a madrasta matou o menino, o advogado voltou a evitar detalhes, mas adiantou: "Isso é bem lógico. Mas ela também não quer entrar nesse mérito."
Entenda
Bernardo havia sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.

No início da tarde do dia 4 de abril, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. A mulher trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.
"O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada", relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.
O pai registrou o desaparecimento do menino no domingo (6), e a polícia começou a investigar o caso. Na segunda-feira (14), o corpo do garoto foi localizado em Frederico Westphalen. De acordo com a delegada Caroline Virginia Bamberg, responsável pela investigação, o menino foi morto por uma injeção letal, o que ainda precisa ser confirmado por perícia. A delegada diz que a polícia tem certeza do envolvimento do pai, da madrasta e da amiga da mulher no sumiço do menino, mas resta esclarecer como se deu a participação de cada um. O advogado do pai disse que ele é inocente.
Do G1

Perícia conta com parcerias para respostas sobre morte de Bernardo

Pá, terra, polícia civil três passos RS (Foto: Caetanno Freitas/G1)Polícia apreendeu material que pode ter sido usado
para cavar buraco (Foto: Caetanno Freitas/G1)
Alguns elementos que podem ajudar a montar o quebra-cabeça da morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, podem levar mais tempo do que o previsto. Ainda não há previsão para que saia o resultado dos exames periciais que devem apontar se a criança foi vítima de uma injeção letal e que substância pode ter sido aplicada no menino, assim como a análise que deve revelar se ele estava morto quando foi enterrado em uma cova rasa em um matagal de Frederico Westphalen, na Região Norte do Rio Grande do Sul.
De acordo com o diretor substituto do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Paulo Leonel Fernandes, o órgão tem parcerias e convênios com universidades, como a PUCRS, que podem agilizar o andamento de alguns exames periciais, já que as instituições possuem equipamentos para isso. O procedimento, segundo o IGP, é usual, já que envolvem informações científicas.
“O exame vai analisar diversas substâncias. E temos diversas análises em andamento, como o GPS dos veículos, etc. Tudo está sendo desenvolvido. Algumas análises são mais rápidas, outras não. O resultado [da perícia] a gente nunca pode dizer quando vai sair”, sintetizou Fernandes em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta quarta-feira (23).
Por meio da assessoria de imprensa, o IGP ressaltou que não há perícia atrasada em relação ao caso Bernardo. "Todas estão sendo realizadas de acordo com as solicitações recebidas da Polícia Civil", informou.
O menino foi encontrado morto no dia 14 deste mês, enterrado em um matagal na zona rural da cidade que fica a cerca de 80 km de Três Passos, onde ele residia com a família. Ele estava desaparecido desde o dia 4 de abril. O corpo estava em estado avançado de decomposição. Segundo a Polícia Civil, três pessoas estão presas por suspeita do crime: o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Boldrini e a assistente social Edelvania Wirganovicz, amiga do casal.
Os carros do casal, além de uma pá e uma cavadeira manual, material encontrado na casa da mãe Edelvania Wirganovicz, também passarão por perícia. No veículo de Graciele, foram encontrados resíduos de terra. O IGP colheu uma amostra de terra do local onde o garoto foi enterrado e vai comparar com os vestígios encontrados no automóvel.
Entenda
Bernardo foi visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.

No início da tarde do mesmo dia, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.
Corpo de menino desaparecido em Três Passos, RS, será enterrado em Santa Maria, RS (Foto: Reprodução/RBS TV)Menino foi encontrado morto, enterrado em um mato
na Região Norte do RS(Foto: Reprodução/RBS TV)
"O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada", relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.
O pai registrou o desaparecimento do menino no domingo (6), e a polícia começou a investigar o caso. Na segunda-feira (14), o corpo do garoto foi localizado em Frederico Westphalen.
De acordo com a delegada Caroline Virginia Bamberg, responsável pela investigação, o menino foi morto por uma injeção letal, o que ainda precisa ser confirmado por perícia. A delegada diz que a polícia tem certeza do envolvimento do pai, da madrasta e da amiga da mulher no sumiço do menino, mas resta esclarecer como se deu a participação de cada um.
Do G1 RS